Este projecto representa um grande desafio pelas características do edifício existente, para além da complexidade do programa de um museu. As decisões do projecto foram baseadas em duas abordagens fundamentais.

1 – A convicção de que neste tipo de contexto a arquitectura deve assumir um papel catalisador e contemporâneo, funcionando como uma referência, destacando a importância da sua autonomia formal sem perder a relação com o edifício existente, de acordo com princípios de continuidade e reversibilidade.

2 – A análise cuidada do programa, de forma a definir estratégias de organização e manutenção. A proposta é um gesto claro da relação entre o programa e os vários edifícios existentes através da introdução de um novo volume abstracto, com geometrias simples, para armazenar espaços de exposição permanentes e temporários. Este volume resolve a ligação entre os blocos b, c, f, cisterna e casamatas, onde se localizam vários espaços de exposição permanente. O novo bloco, identificado pela letra “L” simboliza a liberdade através da transparência.