Propomos uma estrutura independente do seu contexto, colocada na plataforma urbana como um entreposto fronteiriço entre a cidade comum do homo faber e o mundo livre do homo ludens, onde domina a procura de diferentes experiências e interações sociais através da prática artística.

Um local capaz de se ajustar e adaptar às várias necessidades de transformação e exploração do processo criativo. Um grande tecto comum, de acesso livre e democrático onde, durante duas semanas, uma comunidade se pode libertar do quotidiano e responder às suas necessidades de criação e lazer na procura de novas situações.

A composição e a geometria de todo o conjunto segue de perto as condições programáticas explicitadas, evitando excessos formais mas definindo uma solução afirmativa com o espaço público.

A cobertura flutua sobre os pórticos de madeira, compostos por quatro pilares e uma viga que reforçam a leveza estrutural da composição, através da preponderancia das linhas verticais e translucidez das placas de policarbonato alveolar.